quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Myself

Eu poderia gritar, cobrar por mais atenção, exigir cuidado. Poderia fugir, esquecer,  fingir que nada aconte. Eu poderia chorar, e de fato chorei, mas no meu silêncio. Foi isso que fiz, silenciei. Entendi que não adianta gritar aos quatro ventos a sua dor se ninguém vai estar lá pra te socorrer, se não vão compreender o motivo da sua tristeza ou se irão apenas sentir pena. É melhor chorar pra você, gritar baixinho – sim, é possível -, cair de fraqueza e se sentir a pior pessoa do mundo, contanto que se mantenha forte e esperançoso (a) no seu íntimo. Você entende sua dor melhor que ninguém, sabe o que é melhor pra você mesmo. É certo que às vezes, ou muitas, não sabemos o que é melhor para nós, tampouco parecemos não conseguir seguir sozinhos. E se não tiver ninguém ao seu lado quando mais necessitar? Por isso, é preciso aprender a lidar consigo mesmo, saber o momento de começar a chorar e de parar, saber a música certa para aquele momento, ou um livro quem sabe. Não importa o quanto dói ou está sendo difícil, o que realmente vale é o quanto estamos dispostos a superar e seguir em frente, é isso que faz a diferença. Manter acesa a esperança, falar pra si mesmo que é só mais um ou alguns dias ruins, mas que a felicidade está logo à frente, à sua espera. Não se desespere, não se esconda, não fuja ou desacredite, porque as coisas só melhoram quando estamos dispostos a ser forte. A superação é a consequência do seu esforço e fé, e você só depende de si mesmo para isso.
Por Karine Santos

sábado, 4 de janeiro de 2014

Saber viver

Difícil viver num mundo em que as pessoas só sabem criticar, que você tem que abrir mão de (muitas) coisas para evitar qualquer murmurinho. Complicado estar num lugar onde as pessoas só sabem fazer especulações (errôneas) a seu respeito, onde o que mais importa é aquilo que elas acham que é – mesmo que isso seja mentira –, e que é mais legal o que você tem, não o que você realmente é. É incrivelmente absurdo ter que viver e fazer as coisas com medo porque fulano ou cicrano pode falar maldades, e isso pode acabar te prejudicando. É drástico ter que mudar suas atitudes, diante de certas pessoas, para evitar conflitos maiores, engolir sapos para se viver em paz, ou em busca de. É fácil falar quando as coisas não acontecem com a gente, tranquilo de superar quando sou eu que faço a besteira, e extremamente bizarro quando só vejo o defeito no outro, nunca em mim. É cruel ter que provar para as pessoas que sou isso, e não aquilo que elas pensam ou querem. É devastador ter a consciência de que eu tenho a minha vida e que preciso vivê-la da forma que eu necessito, mas não conseguir fazê-lo por simplesmente não poder, devido às questões ainda mais complicadas, ou por medo de magoar aos outros. É complicado saber viver no mundo onde as pessoas só se preocupam consigo mesmas, que só sabem apontar o dedo para o defeito alheio e não conseguem olhar para o próprio umbigo, que frequentam suas religiões e, no entanto, não praticam os ensinamentos do Pai, que tem a fé pequena e a maldade na cabeça. Por esses motivos, também acaba sendo fácil se perder, em todos os sentidos:  se perder nos caminhos errados da vida, se perder mentalmente, insanamente. Perder a moral, os ensinamentos, o respeito, a fé, a alegria, a ética, a bondade. Perder o estímulo pra vida, o caminho de volta pra casa, os amigos e a família... Perder o meu – ou o seu – eu. É por isso que hoje o que mais se ouve por aí é que as pessoas estão em depressão, ou se suicidando. Eu não quero deixar de fazer minhas coisas porque o outro fala, sendo que não cabe a ele julgar. E se julgar, que se dane. Já dizia Djavan: “eu quero é viver em paz!”. Eu quero paz, amor, positividade. Quero poder viver minha vida tranquilamente e do meu modo, sem me preocupar com o que falam por aí, sem magoar meu próximo por causa de todo estresse gerado. A vida é curta e é linda, meu caro. Chega de “disse me disse”. Agora, com licença, que eu fui ali me encontrar e já volto.

Por Karine Santos