Na vida da mulher nada foi muito fácil. Para conquistar o lugar que elas têm hoje na sociedade, tiveram que lutar bastante. Antes, elas não tinham direito ao voto, o trabalho era desvalorizado, sofreram muitas agressões de seus patrões e maridos, mas a vontade de crescer, de mostrar seu valor e conseguir o seu espaço, fez com que elas nunca desistissem de reivindicar por seus direitos e de lutar por eles.
Uma das conquistas da mulher, que repercutiu o mundo, foi em 1857, em Nova Iorque , nos Estados Unidos. Trabalhadoras de uma fábrica têxtil tinham 16 horas de trabalho, os salários delas chegavam a ser um terço dos homens. Cansadas, decidiram reivindicar por melhores condições de trabalho, como a redução da carga horária para dez horas, igualdade de salário e tratamento digno. Fizeram então uma greve, que de modo triste e covarde, resultou na morte das 130 operárias, que lutavam por seus direitos e que foram carbonizadas. Em 1910 foi decretado pela ONU o dia Internacional da Mulher em homenagem a elas.
Já no Brasil, a vitória dessas guerreiras foi em 1932. Naquela época, apenas os homens podiam votar, mas depois de muita reivindicação, que teve como precursora a educadora Leolinda de Figueiredo Daltro, no dia 24 de fevereiro elas conquistaram o direito parcialmente, pois só as casadas, viúvas e solteiras de renda própria obtiveram o exercício do voto. Em 1934 que essa restrição foi eliminada do código eleitoral e, em 1946, seu voto passou a ser obrigatório, assim como do homem.
Mas não parou por aí a conquista da mulher em nosso país. Em agosto de 2006, no dia 7, foi aprovada a Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, conhecida como Lei Maria da Penha, que defende a mulher de toda e qualquer agressão de seus companheiros e que foi sancionada pelo ex-presidente Lula. Esse nome, nada mais é do que uma homenagem a biofarmacêutica Maria da Penha Maia, que durante 20 anos lutou para ver seu marido, que tentou matá-la duas vezes, condenado. Ela, então, virou símbolo contra a violência doméstica.
Outra mulher que se tornou referência foi a médica e coordenadora da Pastoral da Criança Zilda Arnes. Voltada com a responsabilidade social, conseguiu o apoio do Unicef, agência da ONU que apóia técnica e financeiramente projetos e ações pela sobrevivência, desenvolvimento e proteção das crianças. Viajou o país e o exterior cuidando desses jovens e, em 2010, morreu no Haiti, onde estava em missão, vítima de um terremoto. Seu valor era e é tão grande, que foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelo Brasil por três vezes.
Quem também fez muito sucesso, só que dessa vez no meio artístico, foi a cantora e atriz brasileira Carmen Miranda, que se tornou a maior estrela do disco, do rádio, dos teatros, do cinema e dos cassinos, enfim, a primeira artista multimídia do país. Sua fama era tamanha, que virou boneca de papel e desenho animado da Disney. Viajou o mundo para mostrar seu talento, tendo uma carreira internacional de grande repercussão, e chegou a gravar pés e mãos no cimento da calçada da fama de Los Angeles, tornando-se a única latino-americana a fazer isso.
Quem também fez muito sucesso, só que dessa vez no meio artístico, foi a cantora e atriz brasileira Carmen Miranda, que se tornou a maior estrela do disco, do rádio, dos teatros, do cinema e dos cassinos, enfim, a primeira artista multimídia do país. Sua fama era tamanha, que virou boneca de papel e desenho animado da Disney. Viajou o mundo para mostrar seu talento, tendo uma carreira internacional de grande repercussão, e chegou a gravar pés e mãos no cimento da calçada da fama de Los Angeles, tornando-se a única latino-americana a fazer isso.
Com tantas lutas, conquistas e superação, a mulher é símbolo de força, perseverança e vitória. Passa a ser vista como um exemplo para seus filhos, netos, maridos, amigos, enfim, para qualquer cidadão. Elas, que sempre lutaram para ter uma vida digna, para dar o melhor para suas famílias, para conseguir o seu lugar. São seres tão iluminados, que foram escolhidas para gerar e dar a luz a um novo ser, cuidar, amar e educar. Que aguentam toda a dor e discriminação, e fazem o possível e o impossível para alcançar seus ideais. Inspiração de tantas canções, versos e poesias, essa mulher não está muito longe de você. É preciso dar valor aquelas que mudam o mundo e fazem toda a diferença. Afinal, o que seria dos homens se não fossem as mulheres? Para elas, todo amor e gratidão.
Por Karine Santos